5.8.09

>> olhos fechados.

'quando a gente dorme, vira de tudo: vira pedras, vira flor. o que sinto, e esforço em dizer ao senhor, repondo minhas lembranças, não consigo; por tanto é que refiro tudo nestas fantasias. dormi nos ventos. quando acordei, não cri: tudo o que é bonito é absurdo - deus estável. ouro e prata que diadorim aparecia ali, a uns dois passos de mim, me vigiava. sério, quieto, feito ele mesmo, só igual a ele mesmo nesta vida.'

trecho do livro grande sertão: veredas de guimarães rosa.



pintura de paul klee.

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