auto-retrato
'provinciano que nunca soube
escolher bem uma gravata;
pernambucano a quem repugna
a faca do pernambucano;
poeta ruim que na arte da prosa
envelheceu na infância da arte,
e até mesmo escrevendo crônicas
ficou cronista de província;
arquiteto falhado, músico
falhado (engoliu um dia
um piano, mas o teclado
ficou de fora); sem família,
religião ou filosofia;
mal tendo a inquietação de espírito
que vem do sobrenatural,
e em matéria de profissão
um tísico profissional.'
manuel bandeira.
+ um pouco do poeta que as palavras me encantam:
'...
não quero amar,
não quero ser amado.
não quero combater,
não quero ser soldado.
- quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples.'
31.7.09
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário