Hoje cedo, pesquisava sobre lina bo bardi, a minha maior inspiração na arquitetura. Mulher inteligente, sensível, criativa, ousada e sensata nos seus trabalhos, combinação de qualidades difícil de acontecer. Sou admiradora desde de estudante de seus trabalhos. Bom estava me deliciando em saber mais sobre a vida e a obra de lina, quando encontro um depoimento de frei betto a respeito da arquiteta. Me chamou atenção, pois frei betto tem aparecido em minha vida cada dia com mais frequência, em várias ocasiões, é até meio bizarro. Suas palavras têm feito sentido para mim. Quem sabe não seja o momento de entender realmente o que é a teologia da libertação.
frei betto, carta enviada ao instituto para o documentário sobre lina bo bardi, 27 de junho de 1993.
'Todo artista é um clone de Deus. Lina trazia em si essa fagulha divina que faz da criatura, criador, e transforma a arte na única linguagem capaz de superar os limites do tempo e do espaço. Ela tinha fome de Absoluto e, por isso, transfigurava as formas em poema e as figuras em espelhos do belo. Em sua alma latejava essa intuição profunda de que, em tudo e em todos, há uma indissociável harmonia, que ela tão soube descrever por dominar a gramática da estética.'
frei betto, carta enviada ao instituto para o documentário sobre lina bo bardi, 27 de junho de 1993.
lina, glauber rocha (abaixado) e equipe técnica do filme 'deus e o diabo na terra do sol', em canudos, bahia, 1963.
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